Recomeçar com humildade. Por Olavo Oliva*
Amigos rubro-negros:
A tristeza se abateu sobre os corações dos torcedores neste último domingo. Não foi a perda do título baiano, que é normal para um tradicional adversário. Foi a forma como perdemos o campeonato. Fomos humilhados pelo adversário em todos os clássicos. Só não foi mais desastroso em razão de não termos sofrido nenhuma sonora goleada, menos pelos nossos méritos, mas decorrente do respeito e o temor que o rival nutre pelo rubro-negro devido aos sucessivos revezes sofridos nos últimos anos.
Mas o que houve para perdermos a hegemonia da Bahia e do Nordeste e também das divisões de base este ano???
São muitas as razões que podem ser apontadas:
1- A mudança da direção do glorioso EC VITORIA.
2- O nosso Presidente Falcão, ao contrário do ex-presidente Alex Portela, não faz interferência no futebol. Delega, estabelece metas e cobra resultados. É correto? Entendo que sim, como gestor, pois o presidente não pode centralizar todas as decisões. A questão é que nosso Diretor de Futebol não mostrou a competência tão alardeada quando ficou sozinho na gestão da contratação de jogadores.
3- Perdemos a dupla de zagueiros, perdemos Maxi Biaccuchi, perdemos Escudero (por azar), não renovamos o contrato de Renato Cajá, liberamos Artur Maia para o America do RN. Resultado: Ficamos sem zagueiros e sem meias de qualidade.
4- Para suprir a carência e reforçar o elenco o Diretor de Futebol trouxe: Lucas Zen, Dão, Ferrari, Defendi, Souza e Hugo. Entendo que aí o presidente Falcão teria que interferir neste momento, pois os jogadores que estavam sendo contratados eram reservas em seus clubes sem serem aproveitados, salvo o zagueiro Dão oriundo de um clube de segunda Divisão do interior de Santa Catarina.
5- Dormimos sobre as goleadas do ano passado e a performance do Campeonato Brasileiro.
6- O nosso treinador não foi humilde o suficiente para verificar que o adversário estava se reforçando e possuía um jogador diferenciado: Anderson Talisca (nenhuma marcação especial sobre ele). Ademais, em razão do treinador do Bahia ter sido seu pupilo, considerou que podia dar um nó tático nele. Muito pelo contrário: levou. O Bahia jogou do mesmo jeito todos os clássicos e nos superou na vontade e na técnica.
7- As goleadas sofridas para o America-RN e Ceará eram um prenúncio do que viria depois. Alertei o presidente Falcão para encorpar o elenco após o encerramento do primeiro clássico em Pituaçu (1×1) no dia 23/03, dizendo que se o Bahia melhorasse um pouquinho ia nos roubar o titulo. E roubou.
8- Quanto às divisões de base, entendo que a saída de Epifânio Carneiro, deixou uma lacuna na gestão das divisões inferiores que não foi suprida. Uma pergunta me deixa curioso: Por que o Vitoria só revela zagueiros e volantes há algum tempo? Nenhum atacante ou meia de qualidade. Faltam olheiros???
9- Assisti o sub-20 no jogo contra o Atletico-MG. O que eu vi me deixou preocupadíssimo.
Amigos rubro-negros, vamos descer do pedestal, o 7×3 e 5×1 ficaram no passado e na história do clube. Precisamos nos reinventar para o Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Reforçar o elenco com jogadores de qualidade (defesa e meias), através de um Diretor de futebol competente. São medidas urgentes. Vamos dar crédito à Diretoria, formada por pessoas comprometidas e que amam o VITÓRIA, para adoção das medidas necessárias. Quanto à manutenção do treinador, entendo que está condicionado a essa entrega.
Só para registrar: torcedor e conselheiro indo embora do estádio quando terminou o primeiro tempo não se justifica. Garanto que se fosse ao contrário, tal fato não ocorreria. Precisamos mudar essa cultura do pessimismo de parte da torcida, pois são energias negativas que interferem no jogo e nos jogadores. O exemplo é o Vasco quando joga contra o Flamengo. Com pensamento negativo, o Universo conspira contra. OTIMISMO SEMPRE!!!
VITORIA, VOCÊ É A SOMA DE TODOS NÓS!!!
*Olavo Oliva é Bel. Em Direito, Auditor Fiscal da SEFAZ/BA e Conselheiro do ECVitória.
Publicado em abril 16, 2014, em Rocha. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.
Deixe um comentário
Comentários 1